quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Pensando em ERGONOMIA e USABILIDADE

Você já leu um livro onde as páginas não estejam numeradas, sem índice ou resumo? Ou ainda, se sentiu p@#! da vida por procurar uma rua que não tenha placa indicando o nome?

A ergonomia e a usabilidade são constituídos de pequenos detalhes que são notados apenas quando não estão presentes, e estes detalhes ou qualidades, fazem com que os usuários se sintam confiantes e satisfeitos por atingirem seus objetos com menos esforços, em menos tempo e com menos erros.

Programas de software (e até mesmo bibliotecas de código - API) e suas interfaces são ferramentas cognitivas, capazes de modelar representações, abstrair dados e produzir informações, facilitando a percepção, o raciocínio, a memorização e a tomada de decisão para cada tipo de usuário, inteligência, estilo cognitivo e personalidade.

A engenharia de usabilidade surge como resposta a necessidade de desenvolver programas de software interativo com usabilidade.

Enquanto a engenharia de software se preocupa com o núcleo funcional, a estrutura de dados, os algoritmos, os recursos computacionais, a engenharia de usabilidade se preocupa com a lógica de funcionamento, apresentações, estruturas de diálogos e lógica de operação.

Para desenvolvermos uma interface agradável, intuitiva, eficiente e fácil de operar temos que projetar a:

  • Condução: a inteface deve aconselhar, orientar, informar e conduzir o usuário na interação com o sistema;
  • Carga de Trabalho: elementos da interface que têm papel importante na redução da carga cognitiva e perceptiva do usuário e no aumento da eficiência do diálogo;
  • Adaptabilidade: a interface fornece diversas maneiras de realizar uma tarefa, deixando ao usuário a liberdade de escolher e dominar uma delas no curso de aprendizado;
  • Gestão de Erros: mecanismos que permitem evitar ou reduzir a ocorrência de erros e que favoreçam sua correção caracteriza a interface segura;

Durante toda etapa de desenvolvimento das interfaces deverão avaliadas a ergonomia e a usabilidade da solução proposta buscando identificar:

  • Barreiras: o usuário esbarra sucessivas vezes e não aprende a transpor sem ajuda externa um aspecto da interface fazendo com que ele desista de utilizar a função do sistema temporária ou definitivamente;
  • Obstáculos: o usuário esbarra algumas vezes, mas aprende a transpor um aspecto da interface, porém, perde desempenho nas próximas realizações da tarefa;
  • Ruídos: aspecto da interface que mesmo não sendo barreira ou obstáculo causa uma diminuição de seu desempenho na tarefa.

O aspecto não determinístico do projeto de interfaces sugere que o ciclo de desenvolvimento seja essencialmente evolutivo, iterativo e centrado no usuário (ver DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO).

A figura abaixo ilustra esse ciclo:



Os projetistas devem identificar e definir com cuidado os requisitos de usabilidade e, durante o desenvolvimento, certificar-se de que são corretos, assegurar que o protótipo esteja indo na direção correta e que satisfaz tais requisitos antes de ser liberada para implementação ou para o mercado.

Essas abordagens e métodos são iniciativas recentes e efetivas para o desenvolvimento da engenharia de usabilidade e certamente o ajudará nos desafios diários.




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