A ergonomia e a usabilidade são constituídos de pequenos detalhes que são notados apenas quando não estão presentes, e estes detalhes ou qualidades, fazem com que os usuários se sintam confiantes e satisfeitos por atingirem seus objetos com menos esforços, em menos tempo e com menos erros.
Programas de software (e até mesmo bibliotecas de código - API) e suas interfaces são ferramentas cognitivas, capazes de modelar representações, abstrair dados e produzir informações, facilitando a percepção, o raciocínio, a memorização e a tomada de decisão para cada tipo de usuário, inteligência, estilo cognitivo e personalidade.
A engenharia de usabilidade surge como resposta a necessidade de desenvolver programas de software interativo com usabilidade.
Enquanto a engenharia de software se preocupa com o núcleo funcional, a estrutura de dados, os algoritmos, os recursos computacionais, a engenharia de usabilidade se preocupa com a lógica de funcionamento, apresentações, estruturas de diálogos e lógica de operação.
Para desenvolvermos uma interface agradável, intuitiva, eficiente e fácil de operar temos que projetar a:
- Condução: a inteface deve aconselhar, orientar, informar e conduzir o usuário na interação com o sistema;
- Carga de Trabalho: elementos da interface que têm papel importante na redução da carga cognitiva e perceptiva do usuário e no aumento da eficiência do diálogo;
- Adaptabilidade: a interface fornece diversas maneiras de realizar uma tarefa, deixando ao usuário a liberdade de escolher e dominar uma delas no curso de aprendizado;
- Gestão de Erros: mecanismos que permitem evitar ou reduzir a ocorrência de erros e que favoreçam sua correção caracteriza a interface segura;
Durante toda etapa de desenvolvimento das interfaces deverão avaliadas a ergonomia e a usabilidade da solução proposta buscando identificar:
- Barreiras: o usuário esbarra sucessivas vezes e não aprende a transpor sem ajuda externa um aspecto da interface fazendo com que ele desista de utilizar a função do sistema temporária ou definitivamente;
- Obstáculos: o usuário esbarra algumas vezes, mas aprende a transpor um aspecto da interface, porém, perde desempenho nas próximas realizações da tarefa;
- Ruídos: aspecto da interface que mesmo não sendo barreira ou obstáculo causa uma diminuição de seu desempenho na tarefa.
O aspecto não determinístico do projeto de interfaces sugere que o ciclo de desenvolvimento seja essencialmente evolutivo, iterativo e centrado no usuário (ver DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO).
A figura abaixo ilustra esse ciclo:
Os projetistas devem identificar e definir com cuidado os requisitos de usabilidade e, durante o desenvolvimento, certificar-se de que são corretos, assegurar que o protótipo esteja indo na direção correta e que satisfaz tais requisitos antes de ser liberada para implementação ou para o mercado.
Essas abordagens e métodos são iniciativas recentes e efetivas para o desenvolvimento da engenharia de usabilidade e certamente o ajudará nos desafios diários.
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