quarta-feira, 30 de março de 2011

Redes Sociais no Ambiente Corporativo

Quando você leu o título o que lhe veio a cabeça? Twitter? Facebook?

Hum, se sua resposta for sim, sinto em lhe dizer, mas você está confundindo MÍDIA SOCIAL com REDE SOCIAL.

“Qualquer pessoa ficaria chateado, qualquer um de nós ficaria abatido, desmotivado, mas não Joseph Klimber” e você também não precisa.

Então, o que é uma rede social?

Rede social é uma estrutura composta por pessoas conectadas que compartilham valores e objetivos comuns. Isso quer dizer que o grupo que se reúne todos os domingos para jogar bola, as pessoas que participam do Campus Party ou o grupo de voluntários da GRAAC são todos redes sociais (só que em diferentes níveis).

Com a aparição de novas tecnologias como a internet a interação entre as pessoas cresce com rapidamente. Então, com a criação de mídias sociais como o Youtube, o Twitter ou Facebook essa velocidade aumentou ainda mais. São milhões de pessoas colaborando, compartilhando, co-criando, presentes em todos os lugares e em busca de um mundo melhor.

“Empresas que compreendem a importância de aproveitar o poder dos comportamentos colectivos para impulsionar mudanças positivas nos negócios serão bem-sucedidas.” – Gartner

E porque na minha empresa não é assim?

Quando dentro de uma empresa buscamos conhecimento para atingirmos uma meta, realizar um trabalho, só que a máquina da empresa, a obrigação, a rotina, seus processos não permitem troca de conhecimento, e esse ambiente inadequado, inibe a interação das pessoas.

Ninguém interage se não vê essa troca.

Para estabelecer relações precisam ser criadas conexões, as quais podem gerar ou não relações de confiança, onde geralmente, a troca de conhecimento pessoal começa a acontecer.

Talvez você já tenha experimentado isso de alguma forma. Você já conversou sua vida pessoal com algum colega do trabalho que você não confia? Mas já deve ter considerado o comentário de um desconhecido sobre um produto que você queria comprar.

Uma vez que as pessoas começam a trocar informações pessoais elas se viciam nisso e esse caminho evolui para o ambiente profissional.

Nessas conexões haverá pessoas com diversos perfis e nosso trabalho será identificar o perfil de cada um e incentivá-las. Os principais perfis são os CRIADORES (aquelas que geram conteúdo para outras pessoas), CRÍTICOS (aquelas que opinião sobre os conteúdos gerados), PARTICIPANTES (aquelas que participam comentando ou interagindo com o conteúdo gerado) e os ESPECTADORES (aquelas que apenas acompanham esses conteúdos).

Você deve estar se indagando, isso é bonito, mas sem controle vai virar uma bagunça!

O “controle” muda para moderação, bom senso, política de boa conduta. E isso a própria rede é capaz de “controlar” se as pessoas críticas entenderem a política da rede. Alias, VOCÊ DEVERIA SER UMA DESSAS PESSOAS COM PERFIL CRÍTICO!

Estamos na era da Economia da Colaboração. As pessoas agora interagem para a CO-CRIAÇÃO do conhecimento em busca de um mundo melhor. Então, permita de alguma forma que seu cliente ou colaborador faça parte do processo criativo e produtivo do projeto.

E porque as pessoas dedicam seu precioso tempo na co-criação de um produto?

1. Fazer parte de algo maior
2. Mostrar que fazem parte daquilo
3. Pura diversão
4. Oportunidade de colaborar
5. Recompesa financeira

Já está acontecendo. É real! Não conhece a CAMISETERIA, o NESPRESSO, o FIAT MIO, o DESIGN LAB ELECTROLUX ou ainda o WIKIPEDIA.

Contudo, nada disso faz sentido se não aprendermos, não compartilharmos, não inovarmos, não criticarmos, não participarmos. E para isso, são necessárias estratégias, capacitação, metodologias específicas e projetos.

Como é o ambiente na sua empresa? É colaborativo? Participativo? As pessoas se sentem confortáveis em expressarem suas opiniões? Torcem o nariz quando houvem falar de rede social? E qual sua opinião sobre o assunto?


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Um comentário:

  1. Excelente post!
    Uma grande barreira que vejo para esta evolução é o que chamo de "gordura gerencial" das empresas, aquela camada que isola a inteligência na ponta da inteligência no "topo".
    É nesse estrato adiposo que morrem as melhores ideias. As razões vão desde boicote até "roubo" e posterior incapacidade de execução.
    Se você quer que sua empresa seja inovadora de verdade, livre-se deste grupo de gerentóides e chefiotas.
    Como identificá-los? Fácil: grave algumas conversas das pessoas. As gravações que tiverem sempre os mesmos jargões são de "gordurosos". Existe um "bingo corporativo" rodando na Internet - é um bom glossário para esta atividade. "Inovar", "alinhar", "proativo", "aterrissar", "encantar o cliente" devem estar na lista...

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